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Mês: dezembro 2015

Feedback: o recurso mais importante a quem escreve

Existe um recurso que costuma passar batido nos debates sobre ferramentas, técnicas e escrita. É algo necessário tanto a quem está começando a escrever como para quem já tem muita coisa publicada. Difícil de encontrar, é muito valorizado por qualquer um que leve a escrita a sério. O nome disso? Feedback. Ou, em bom português, um retorno, uma opinião sobre o seu trabalho. Se você acha que só iniciante precisa deste retorno, faça um exercício. Pegue um livro que você tenha gostado muito e procure a seção “agradecimentos”. Você vai encontrar o nome de pessoas que apontaram os problemas e…

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Moral da história: Um narrador intrometido

Outro dia estava revisando um conto para a Trasgo. Uma boa história, com questionamentos interessantes, mas o narrador mais atrapalhava do que ajudava. Veja só: “O público desprezível vibrava toda vez que o sangue jorrava dos gladiadores, graças à nova lei que promovia entretenimento vil aos cidadãos.” Há duas palavras aí nesse trecho que funcionam como ruído. Dois adjetivos, claro: “desprezível” e “vil”. Eles me forçam a ver aquele cenário com um único olhar. É como se o narrador fizesse muito esforço para me dizer “olha como os cidadãos são crueis”, em vez de apenas mostrar a cena e deixar…

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Como me tornei sonhador

N.E.: Texto do convidado Lucas Amaral, criador do Clube de Autores de Fantasia.   Natal de 1996, tenho oito anos. Em meio às guirlandas, crucifixos e figuras santas, um grupo de pessoas se reúne em círculo. De mãos dadas e ombros nivelados com cinturas em jeans desgastados, os adultos iniciam uma oração. Minha avó, ao perceber que permaneço em silêncio, me repreende. Poucos momentos depois, lá está o pequeno Lucas, repetindo palavras que não lhe fazem sentido algum. Foi o primeiro sintoma da represália social. *** Era um dia qualquer de outono de 2005. Aos dezessete, sou obrigado a postar-me…

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O português está sendo invadido?

A língua é talvez o maior patrimônio imaterial de um povo. É o símbolo que familiariza indivíduos, que une grupos, que carrega nossa história. Mas a mesma língua que aproxima pode ser uma barreira, um muro invisível que reforça ainda mais os preconceitos da sociedade. Como acompanhar a evolução do idioma, sem perder a identidade no processo? Talvez nem mesmo precisemos fazer nada. Essa é a descrição do primeiro episódio de Vida Sonora, um novo podcast, por Igor Rodrigues e Bruno Assis. Trata-se de um projeto que pretende contar histórias sobre muitas coisas. E se você quer trabalhar com escrita,…

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