Sim. E não. Depende.
O enquadramento clássico da pergunta costuma ser “consigo viver apenas do lucro da venda dos meus livros?” Aí, meu amigo, vai ser muito difícil. Mas não é impossível, tem gente que consegue. Há artistas plásticos que vivem da venda de suas obras, músicos que sobrevivem de sua arte e claro, escritores que ganham muito dinheiro produzindo literatura. São poucos, e entrar para esta seleção é o sonho de muita, muita gente. Incluindo eu.
Há outro caminho. Se você ampliar um pouco o escopo, e perguntar “é possível viver do que escrevo, produzo e áreas correlatas a este trabalho?”, a resposta é um belo sim. Muita gente vive disso: redatores publicitários, jornalistas, escritores, professores, editores e vários outros profissionais da escrita e da área literária.
O problema de abordar esse assunto é cair em duas armadilhas: a primeira do “eu consigo, você também consegue”, que é problemática por uma série de questões. A segunda eu vou chamar de “desfilando bolsa Prada cheia conta atrasada dentro”. Olha como é linda minha vida de sucesso. Só que não.
Este blog busca um terceiro caminho. Falar de valores. Admitir que eu não sei a resposta e nem vivo totalmente de minha escrita, ainda estou no caminho para chegar lá. Este blog é o diário dessa jornada.
Conversarei com quem conseguiu inventar sua própria trilha e ganha dinheiro escrevendo, seja literatura, redação publicitária, jornalismo, e ampliar um pouco o escopo para quem dá aulas, vive como freelancer e organiza seu próprio tempo.
Porque o mundo não é preto e branco. Entre escrever somente nos fins de semana e ser a próxima J. K. Rowling há muitos tons de cinza. Uma infinidade de possibilidades, que podem ou não envolver quartos vermelhos.
Sobre o ser que escreve
Oi, meu nome é Rodrigo van Kampen e odeio quando abreviam meu nome para Rodrigo van. Sou formado em jornalismo, trabalhei em assessoria de imprensa, redes sociais e redação publicitária até não aguentar mais a vida de agência e mover a máquina de café para minha própria casa, para investir todas as fichas em um ajuste de carreira: tornar-me escritor e freelancer em tempo integral.
Sou redator publicitário e escritor, com contos publicados pelas editoras Draco, Aquário e outras, e edito a Revista Trasgo de Ficção Científica e Fantasia (leia, é muito bacana!)
Sou casado com a esposa mais compreensiva do mundo e leitora bastante crítica. E parte do que recebo com estas letras serve para comprar ração para uma vira-latas chamada Estrelinha que vive com mais mordomias do que eu.